21 de out. de 2010

O MENDIGO E O AVARENTO



Numa noite fria, um grupo de mendigos chegou a uma cidade. Cansados, perguntaram a um dos habitantes do local se haveria ali alguma alma bondosa a quem pudessem pedir abrigo e um pouco de pão. “Sim” – respondeu o homem – “Certamente, mas nada peçam naquela casa do alto da colina. Lá vive um homem avarento que jamais se compadeceu de quem lhe bate a porta em busca de ajuda.”
O mendigo se viu atraído justamente pela casa e, ao bater na porta, surgiu um velho de semblante pesado. “Como te atrevas a me incomodar? Nada tenho para dar”, disse.
“Senhor, ouvi tua fama, de que conheces a ciência do comercio. Gostaria de saber quanto o senhor pagaria por uma esmeralda semelhante a um olho de gato e com tamanho de amêndoa.”
Entendendo estar diante de um bom negocio, ele disse. “Entra, toma um banho. Darei-te roupas novas e mandarei que meus servos te preparem a ceia. Então repousaras em paz.”
Assim o mendigo teve a melhor noite de sua vida. Ao levantar-se, foi levado a uma sala suntuosa onde uma mesa farta o aguardava. “Passastes bem à noite?”, perguntou o velho avarento. “Sim, senhor. Nunca saberei como pagar a vossa infinita bondade.”
“Se é verdadeira a tua gratidão, deixa-me ver de perto a esmeralda da qual me falaste ontem.”
“Perdão, meu senhor, mas vivo de esmolas. Eu nunca tive tal pedra nem disse ao meu senhor que a possuía. Apenas perguntei vossa avaliação precisa para que, no dia em que viesse a ter uma, soubesse negocia-la com sabedoria.”
O velho tomado pela fúria, bradou: “Te levarei a prisão para que seja enforcado ainda hoje como ladrão que és.”
“Senhor, nunca lhe menti! A ganância o levou a concluir, precipitadamente, algo que eu nunca disse.”
Em busca da fortuna, muitos se perdem em caminhos tortuosos e cheios de engano. O servo de Deus, porem, é sábio. Sendo dizimista fiel, constrói sua prosperidade sobre a rocha, jamais terá falta do pão, nem ele, nem sua família.
Deus é contigo!

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