O ALPINISTA
Nos arredores dos Alpes suíços, no continente europeu, onde estão localizadas imensas montanhas, havia uma pacata cidadezinha. Em meio àquele povo simples, vivia um ambicioso e atlético jovem que não se conformava em passar a vida no mais completo anonimato.
Queria a fama e o prestigio a qualquer custo. Resolveu, então, preparar-se para escalar mais íngrime e perigosa montanha da região. Estava, além de tudo, decidido a realizar tal ato de bravura sozinho, pois não queria dividir a gloria com ninguém.
Após muitos meses de treinamento árduo, partiu obstinado para a tal montanha. Fez questão que o jornal local documentasse sua partida e estivesse lhe esperando na volta quando, certamente, seria recebido com uma grande festa.
Começou a subida com muito vigor e determinação. Muitas horas depois, o cansaço começou a tomar conta de seu corpo. Percebeu que a montanha era, na verdade, mais alta do que pensava.
A noite caiu depressa, havia apenas um denso breu que quase o asfixiava e um frio tremendo. Tinha que prosseguir a qualquer custo. Tinha subido tanto... O topo, afinal de contas, não poderia estar muito longe, era o que pensava o jovem.
Tentando controlar o nervosismo e chegando ao limite de suas forças, acabou por escorregar e começou a cair a uma velocidade vertiginosa.
Sentia a terrível sensação de ser sugado pela força da gravidade. O ar gelado parecia cortar sua pele como se fosse uma navalha.
Nesses angustiantes momentos, passou por sua mente, como num filme, toda a sua vida. De repente, ele sentiu um forte repuxão que quase o partiu ao meio.
É que, acostumado à vida nas montanhas, como um bom alpinista, havia cravado estacas de segurança com grampos nas rochas, nas quais estava presa a corda comprida que mantinha afixada à sua cintura, como se fosse uma espécie de cinto de segurança, exatamente par evitar esse tipo de acidente quando as pessoas despencam de grandes altitudes.
Nesse momento de profundo silêncio e da mais completa escuridão não lhe restava mais nada do que clamar a Deus.
“Meu Deus me ajude!”, gritou ele, em desespero.
Surpreendentemente uma voz grave, vinda do céu, respondeu:
“O que você quer de mim, meu filho?”
“Salve-me, meu Deus, por favor!”, gritou o rapaz.
“Você realmente acredita que Eu possa salva-lo?”
“Tenho certeza, meu Deus!”
“Então corte a corda que o mantém pendurado. Decepcionado, o jovem se agarrou ainda mais à corda. Se cortasse, certamente morreria”, pensava ele.
Na hora marcada para o seu retorno, a equipe do jornal estava lá, conforme combinado, para documentar seu ato de bravura. Para horror de todos, entretanto, encontraram o rapaz preso á corda, completamente congelado, a apenas 2 metros do chão.
Quando de nós confiamos mais na nossa “corda” que na Palavra de Deus?
Deus é contigo.
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